A demissão de Evaristo Costa logo após o retorno das férias está dando o que falar em redes sociais!
Apesar do jornalista levar com bom humor, vários comentários condenam a conduta da CNN ao comunicar a demissão por telefone!
De fato, não podemos ignorar a falta de elegância da emissora em demitir o colaborador por telefone e logo após o retorno das férias.
O impacto do caso na internet levanta algumas reflexões que se aplicam a toda e qualquer empresa.
Primeira Refexão: Demissão por telefone
A primeira reflexão é: “uma empresa pode demitir por telefone ou qualquer outro meio de comunicação”?
A resposta para essa pergunta é: sim, é possível demitir por qualquer meio eficaz de comunicação na exata medida em que a legislação não determina como deve ser feita a demissão, contanto que se tenha prova do comunicado.
No entanto, as boas práticas de gestão de pessoas somada à sensibilidade e respeito humano orientam a realizar a demissão pessoalmente ou, ao menos, do mesmo modo que foi realizada a contratação.
Segunda Reflexão: Dano moral para Evaristo Costa?
Por consequência, a próxima pergunta surge: “mas isso não dá dano moral?”.
A minha resposta é: depende. Depende do dia e hora da comunicação, depende das palavras utilizadas. Aliás, mesmo uma demissão olho no olho pode gerar danos morais.
A fim de evitar transtornos, a consultoria jurídica para elaboração de uma política interna de demissão é muito valiosa!
Terceira Reflexão: Estragou as férias do Evaristo Costa?
A última reflexão que faço diante do caso Evaristo Costa é a respeito da demissão logo após o fim das férias.
Essa análise precisa ser ainda mais detalhada, porque a possibilidade de demitir logo após as férias varia de empresa para empresa.
Algumas empresas são obrigadas a respeitar, por força de negociação com o Sindicato, o direito de estabilidade após as férias.
Assim, é impossível responder com segurança sem analisar o caso concreto.
Um caso, três reflexões
E uma única certeza: contar com consultoria jurídica especializada na área trabalhista é essencial para evitar transtornos, futuras dívidas trabalhistas e, inclusive, manchar a reputação da empresa.
Ou vai me dizer que não pegou mal para a CNN ser o centro de uma demissão tão…(como você classifica essa demissão?)